No Amapá, Barroso avalia participação de mulheres e negros nas eleições

 


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comemora a importância do crescimento da partipação feminina nas eleições, mas ressalta que o país ainda está muito longe de um número ideal. Ele está no Amapá, onde as eleições municipais ocorrem neste domingo (6). O pleito no estado teve que ser adiado por conta do apagão que o atingiu por semanas. 

"As candidaturas de mulheres de fato tiveram uma elevação. Menor que o desejável, mas estamos fazendo campanha intensa de empoderamento  feminino de modo a atrair mais mulheres para a política", disse o ministro ao reponder questionamento de jornalistas.


 


Barroso sinalizou que nas eleições municipais deste ano o crescimento da participqação feminina foi de 12% para 14%. "É pouco, a verdade é essa, porque as mulheres são mais de 50% do eleitores", analisou. 


 


De acordo com o presidente do TSE, a necessidade de mulheres na política  se dá não só por uma questão de justiça de gênero, mas também por um interesse de ter as características  femininas da femininas nas decisões. Segundo ele, com paridade de gênero haveria "uma complementação", com características importantes tanto de homens, quanto de mulheres.  


 


"O equilíbrio entre os sexos faz bem e aglutina características e virtudes diferentes", opinou Barroso. Em seguida o ministro lembrou que os países que se saíram melhor no enfrentamento da pandemia eram liderados por mulheres. E aí citou a Nova Zelância, Alemanha e Dinamarca. "Talvez não seja por acaso", completou. 


 


O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) está no Amapá acompanhando a eleição no estado e durante a coletiva questionou Barroso sobre a presença de negros nas eleições e a destinação de verba para esses candidatos. 


 


Barroso explicou que diferente das mulheres, o Brasil não tinha déficit de candidaturas negras nas eleições. 

"Tínhamos déficit de eleitos", disse.  


 


"Verificamos que havia cerca de 44% de candidatos negros em média. O problema era que esses candidatos não tinham chance de concorrer com chance de ganhar", lembrou o ministro do STF.


 


Em agosto deste ano, o TSE determinou que os partidos considerassem o percentual de candidatos negros na hora de distribuir recursos do fundo eleitoral na campanha. Segundo a regra, se o partido apresentar 30% de candidatos negros, por exemplo, deve destinar o mesmo percentual a esse grupo.


 


Barroso finalizou citando que houve incremento de eleitos pretos e pardos nessas eleições. Ele ainda ressaltou a importância de se entender e reconhecer que existe racismo estrutural no Brasil.


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