Líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA) afirma que é “precipitado” falar em nome do partido para concorrer ao comando da Casa, após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir barrar a reeleição do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência (leia aqui). O discurso é mais cauteloso em relação ao do seu correligionário, senador Angelo Coronel (BA), que colocou seu nome à disposição para disputar o cargo (veja aqui).
“Não há necessidade dessa precipitação [de escolher um nome]. É precoce discutir isso dentro de PSD ou de qualquer partido”, afirma Otto em entrevista ao Bahia Notícias.
De acordo com ele, não há possibilidade de o partido entrar nesta discussão no momento. O senador quer esperar o vencimento de prazos para eventuais recursos de Alcolumbre e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contra a decisão para se posicionar.
“Coloquei no nosso grupo para ter prudência e aguardar o decurso do prazo. Precipitação em eleição é véspera do fracasso”, diz.
ENTENDA A DECISÃO DO STF
Por 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou na noite deste domingo (6) a possibilidade de reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Para a maioria dos ministros, a recondução é inconstitucional. O voto do presidente do STF, Luiz Fux, não foi divulgado. Mas ele divergiu do voto do relator Gilmar Mendes, que autorizava a reeleição.
No final da noite deste domingo foram publicados os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, que se posicionaram contra a reeleição no Congresso e sacramentaram o resultado.
A Constituição proíbe os chefes das Casas de tentarem a recondução no posto dentro da mesma legislatura. A legislatura atual começou em fevereiro de 2019 e vai até fevereiro de 2023.