Depois de o ex-presidente Lula ocupar a lacuna deixada pelo presidente da República no combate à Covid, a família Bolsonaro decidiu reagir ao petista mas emitiu sinais trocados sobre uso de máscara, movida por efeitos políticos.
Se o pai e o filho mais velho mudaram, pelo menos temporariamente, de postura, o 03 se manteve no velho estilo de minimizar o combate ao coronavírus.
Bolsonaro surpreendeu nesta quarta-feira (10) ao aparecer, em cerimônia no Palácio do Planalto, usando máscara. Não só ele, mas toda sua equipe. Algo que não vinha sendo a rotina do presidente tanto no Planalto como em eventos país afora.
E, durante a cerimônia, defendeu com mais ênfase a vacinação no país, tentando se defender das críticas de que seu governo não priorizou a imunização dos brasileiros.
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Em sintonia com o pai, o 01, senador Flávio Bolsonaro (Pros-RJ) postou mensagem em redes sociais defendendo a vacina. Ele estimula os seguidores do presidente da República a repassarem a mensagem, na qual ele publica uma foto do pai com o dizer: "Nossa arma é a vacina."
Já o 03, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi na linha contrária ao novo movimento do Palácio do Planalto. Retornando da viagem a Israel, o filho do presidente preferiu atacar a imprensa, classificada por ele de "mequetrefe", por ficar defendendo o uso da máscara. Ele chegou a usar uma palavra chula, mandando a imprensa enfiar a máscara no r.....
Tudo indica que o filho do presidente, voltando de sua viagem a Israel, não foi informado da mudança de postura do pai e do irmão neste momento, movidos pelo discurso do ex-presidente Lula, que defendeu o uso da máscara, o distanciamento social e a vacinação.
Além disso, o deputado preferiu a estratégia de sempre, partiu para o ataque, em vez de explicar por que, no Brasil, não usa a máscara, mas em Israel seguiu as regras e utilizou o instrumento de segurança contra a contaminação pelo coronavírus.