Larissa Ferrari, que acusa jogador de agressão, diz que não aceitou proposta
Enquanto se relacionava com a advogada Larissa Ferrari, Dimitri Payet chegou a convidá-la para morar com ele em sua mansão no Receio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Mas o jogador do Vasco, que é casado há 18 anos, sabia que Larissa poderia estar na casa apenas em alguns momentos, já que sua mulher e filhos vem ao Brasil a cada três meses.
Numa troca de mensagens, Payet tenta acalmar Larissa e passar mais segurança sobre o relacionamento deles após a moça questionar como o romance ficaria quando ele voltasse para a França:
"A única coisa estúpida seria arruinar nosso relacionamento porque somos os únicos que podemos ajudar um ao outro e nos tronarmos melhores".
Em seguida, o jogador diz que teve uma ideia para amenizar a distância e insegurança da moça:
"E se até eu partir, você viesse morar parcialmente comigo?", sugeriu. Larissa não aceitou a proposta.
Payet diz parcialmente porque sabia que ela não poderia estar na casa quando sua família estivesse no Rio. Segundo Larissa, ele sempre dizia quando os filhos e Ludivine Payet viriam ao país, e avisava que neste período eles não poderiam se encontrar.
Veja vídeo: Advogada tinha encontros com Payet na mansão do jogador no Rio e em hotéis que hospedava o Vasco
A vinda de Ludivine para o Brasil, está semana, não foi novidade para a advogada, pois o atleta havia lhe avisado com antecedência sobre a presença da família. Ludivine Payet está fazendo turismo no Rio e assistiu à vitória do Vasco contra o Sport Recife, na noite de sábado, 12, no Estádio São Januário.
A mulher do Dimitri Payet, que vive em Paris, visitou também o Cristo Redentor com uma amiga e os quatro filhos que tem com o jogador. Ludivine estava no estádio acompanhada da amiga Thuy Phan, que postou nas redes sociais registros durante a partida.
Perícia confirma lesões na advogada
Depois de denunciar o francês Dimitri Payet, por agressão física e psicológica, e pedir uma medida protetiva contra o jogador do Vasco, Larissa Ferrari passou por duas perícias físicas e uma psicológica.
Na primeira delas, em 1º de abril, o laudo apontou que a advogada tinha hematomas causados por "ação contundente", sem poder determinar a causa exata daquele tipo de agressão. Larissa apresentava na ocasião uma cicatriz no antebraço esquerdo.
Na segunda perícia, feita no dia 8 de abril pela Polícia do Paraná, o laudo chegou à mesma conclusão ao analisar três lesões na ex de Payet: uma cicatriz na perna direita, outra na região glútea e mais uma na coxa esquerda.
Já a perícia psicológica foi realizada em três dias diferentes, também no início do mês de abril. Depois de ouvido o longo relato de Larissa Ferrari, além de outros tipos de análises, o laudo indicou que a advogada apresenta Transtorno de Personalidade Borderline. Também baseado no que foi descrito por ela, ficou evidenciado que Larissa foi vítima de violência física, psicológica e sexual.
No dia 30 de março, em União da Vitória, Paraná, Larissa compareceu à delegacia e relatou que passou a receber ameaças veladas do jogador. Segundo o boletim, após ela retornar à cidade, Payet começou a usar frases como: “Vou mandar alguém para te deixar segura” e “Vou mandar alguém ai para cuidar de você”.
De acordo com a denúncia, a advogada alegou que o relacionamento dos dois é conturbado e que o jogador sempre demostrou comportamento agressivo e controlador. Um inquérito foi instaurado para apurar as alegações.
No Rio, um boletim foi feito no dia 29 e março, no qual Larissa afirma ter sido vítima de agressão por parte de Payet, deixando marcas em seu corpo.
O início do relacionamento com Payet
Nas primeiras mensagens trocadas com Dimitri Payet, em 2 de agosto de 2024, Larissa Ferrari e o jogador passaram horas flertando e contando suas preferências sexuais. Tanto o francês quando a advogada disseram, com muita liberdade, o que gostavam na hora do sexo. Sete meses depois, o ex-casal está envolvido em uma série de denúncias feitas por ela. Larissa procurou a polícia do Rio e do Paraná e disse ter sido vítima de agressão física, psicológica, e “submetida a situações degradantes e humilhantes”.
Entre desejos e fetiches, a moça contou, na primeira conversa que teve com Payet, que gostava de “tudo na cama”. De fato, Larissa não esconde que o relacionamento sexual dos dois foi marcado por submissão, tanto dela quanto dele.
“Eu era submissa, mas não era tão agressivo. E quando ele era submisso, porque ele também gostava de algumas coisas sexuais com ele, eu não era agressiva. Quando ele me batia ou algo assim, não ficava marcado, até que ele começou a ficar mais agressivo”, justifica.
Mas a partir de dezembro tudo mudou. Larissa conta que tudo foi consentido até o jogador descobrir que ela contou a uma amiga sobre o relacionamento deles. A partir disso, as submissões que ela considerava normais, passaram a ser chamadas de punições por Payet e era sempre quando ele considerava que ela havia feito algo de errado.
Em um dia, após uma longa bebedeira, Larissa recorda que eles brigaram numa crise de ciúme por parte do jogador. Chorando, ela se isolou no banheiro da casa onde sentou no chão, mas afirma que Payet a levantou, colocou de costas e transou com ela:
“Durante esses atos sexuais, ele fazia com muita força e me machucava, tanto na parte do ânus, quanto da vagina, e a minha boca também várias vezes machucava. Eu sempre ficava calada. Não falava para ele que eu não gostava porque sabia que se falasse, ia perdê-lo”.
“Ele me pedia para beber minha própria urina, me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. É difícil falar e ver esses vídeos. Cheguei a beber água do vaso, eu não consigo acreditar, quando falo disso, não gosto nem de olhar para a câmera porque não consigo nem acreditar que fiz”.
Larissa relata que realizou os pedidos de Payet porque, segundo ela, ele sabia que ela estava frágil emocionalmente. A advogada conta que é diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, e por isso, o atleta “aproveitava para ganhar vantagens sexuais”.