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Três homens foram executados; dois deles, segundo a investigação, tinham passagem por homicídio e porte ilegal de arma de fogo

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar se o triplo homicídio ocorrido na madrugada de quinta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está ligado a um racha na milícia que atua nesse município. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) trabalha com a hipótese de que o ataque ocorrido próximo a um bar na região de Jardim Monte Castelo foi motivado por um acerto de contas dentro da própria organização criminosa, afastando, inicialmente, o envolvimento de traficantes.

O crime ocorreu na Estrada de Adrianópolis, no bairro Santa Rita, próximo a um estabelecimento movimentado. Três homens conversavam perto de um carro estacionado quando foram surpreendidos por um grupo de homens encapuzados que atiraram em direção ao trio. Segundo testemunhas, houve pânico, com clientes se jogando no chão.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o carro das vítimas perfurado por mais de 100 tiros. Dois homens morreram no local, e o terceiro ainda tentou fugir, mas caiu metros adiante, já sem vida. Os assassinos fugiram após o ataque. Policiais do 20º BPM (Mesquita) isolaram a área até a chegada da DHBF.

Mortos eram investigados por envolvimento com milícia

Horas após o crime, a DHBF informou que os mortos foram: Antony Cruz Eiras, de 39 anos; Patrick Vieira dos Santos, 26, que portava um revólver calibre 38 apreendido pelos agentes; e Luiz Carlos Vieira dos Santos, 37, conhecido como Nem Corola, apontado como miliciano atuante na região da Baixada Fluminense.

Investigações apontam que Nem Corola era um miliciano atuante na região e possuía diversas anotações criminais, incluindo prisão por homicídio. Ele já havia sido citado em reportagens há cerca de dois anos, como alvo de investigações. Com ele, foram encontrados carregadores de pistola Glock, todos municiados. A arma de Nem Corola não foi localizada, levantando a suspeita de ter sido levada pelos assassinos.

Em 2023, Nem Corolla chegou a ser denunciado pelo Ministério Público do Rio pelo homicídio duplamente qualificado de Nilton Gonçalves de Oliveira. O crime ocorreu em 5 de setembro de 2021, em uma praça na Rua Barão de Vassouras, Centro de Vassouras, no Sul do estado. A vítima era pai do ex-prefeito da cidade Renan Vinícius Santos de Oliveira.

Nem Corolla foi flagrado por câmeras de segurança executando a vítima. Segundo testemunhas, o assassino desceu de um carro e disparou pelo menos três vezes contra a vítima, que estava tomando café em uma praça.

Antony Cruz também foi preso por porte ilegal de arma no final de 2024. Patrick Vieira dos Santos era o único dos três sem histórico criminal conhecido.

Disputa interna pode ter motivado ataque

Segundo investigadores que atuam no caso, a principal hipótese é de que o crime tenha sido motivado por um racha dentro da própria milícia que atua em Nova Iguaçu. A DHBF conduzia investigações envolvendo as vítimas e outros integrantes do grupo. Não há, até o momento, indícios de participação de traficantes.

Apesar de a polícia afirmar ter uma ideia inicial sobre os autores, os agentes reforçam que não podem divulgar detalhes para não comprometer diligências em andamento.

Polícia investiga se triplo homicídio em Nova Iguaçu está ligado a racha na milícia da Baixada

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